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sábado, junho 25, 2005

It's all about the penis. 

Estava eu muito bem a ler um website de notícias bizarras (à procura de material para o blog) quando realizei que a grande maioria dos artigos tinham um ponto em comum: o pénis.

Simbolo do poder masculino, a dimensão deste orgão é utilizada como medida de comparação de virilidade. Quanto maior o orgão, mais elevado será o nível hierárquico na sociedade, com repercussões no número de fémeas com as quais o macho poderá copular. No reino animal esta situação só é comparável aos cornos do veado, que curiosamente têm uma relação directa e proporcional com o respectivo grau de fertilidade.

"Então mas quais são as notícias sobre o pénis?" perguntarão os leitores desconfiados.

Bom, a primeira não é muito agradável para os homens. Aparentemente há um rapazito adolescente indiano que começou a ter o "período" pelo pénis. A menstrução é muito regular, aparecendo sempre na 2ª semana de cada mês. Realmente a genética é uma lotaria que às vezes pode dar para o torto, coitado do rapaz. Só espero que ele não fique com o resto das características feminimas: aumento dos seios, irritabilidade, indecisão, fobia generalizada, desequilibrio emocional, fragilidade e dependência afectiva.

Uma outra notícia prende-se com outro rapazito adolescente que também deitou sangue da pilinha, mas apenas uma vez e porque foi mordido por uma tartaruga. Não sei o que é que a tartaruga tinha em mente, nem sei porque é que mergulhadores da polícia estão a realizar uma missão de busca no lago atrás do referido animal, por isso o melhor é evitar comentários.

Continuando a minha odisseia do pénis, encontrei uma notícia que não continha a palavra pénis mas que funciona como adubo natural para o mesmo: Britney Spears está em negociações para posar nua. A má notícia é que a estrela do pop estará grávida, reduzindo ou mesmo eliminando o efeito fertilizante.

Para terminar, uma notícia que também está relacionada com o pénis vem da Venezuela. Grupos femininos estão revoltados com o anúncio de uma marca de cervejas que considerou que a diferença entre a mulher e a amante são 30 quilos, e exigem um pedido de desculpas público. A empresa recusa-se a pedir desculpas, e o porta-voz referiu mesmo apostar que "estes grupos são geridos por mulheres que têm 30 quilos a mais." Isto é cómico demais, só poderia acontecer na América do Sul, mas há que reconhecer a genialidade do marketeer por detrás da campanha. A causa por detrás de tudo isto? O pénis tem preferência por fémeas que tenham um peso dentro de determinados parâmetros.

Como vêem, it's all about the penis.

domingo, junho 12, 2005

Após quase duas décadas e meia de ateismo, finalmente rendi-me às evidências e tornei-me católico. Ao longo destes anos sempre senti que precisava de um sinal divino, algo que me fizesse acreditar que nem tudo neste mundo é o resultado de uma equação probabilística, e esse sinal chegou.

Mrs. Lawson, uma americana de 55 anos, viu uma imagem de Jesus numa batata frita de pacote. Sigam o link para verem o impressionante detalhe da fisionomia facial de Jesus: a barba, o cabelo comprido, a ausência de boca e nariz, a desproporcionalidade do olho direito... Enfim, uma panóplia de características que sempre associámos a Jesus.

Segundo o artigo, há uns meses atrás outra mulher descobriu a Virgem Maria numa Sandwich torrada de queijo, e vendeu-a no Ebay por £15.000. Procurei a noticia na Internet, e qual não foi o meu choque quando me deparo com uma imagem perfeita da referida garota num pão torrado. Perante estas evidências perturbantes, só não tem fé quem não quer.

O vencedor do leilão da torrada foi um casino online (Golden Palace), o que é engraçado porque segundo esta pastorinha da Florida, desde que descobriu a imagem já ganhou a inacreditável soma de $70.000 num casino perto de casa (Jesus Cristo é bom e justo!). Em declarações exclusivas ao nosso blog, o CEO do Golden Palace explicou a sua estratégia: "A ideia é eliminar este poderoso amuleto da circulação para evitar potenciais prejuízos. É preferível gastar uns $20.000 e guardar o amuleto na nossa sede, do que arriscar que o mesmo vá parar às mãos de um particular que depois venha jogar no nosso casino."

Stanley Ho, preocupado com uma possível descida de $70.000 nos seus $500.000.000 de lucros anuais, esteve perto de fazer uma oferta pela sandwich mágica, mas preferiu colocar um aviso à entrada dos seus casinos "Proibida a entrada de torradas com a imagem da Virgem Maria". Para o design do aviso o magnata da indústria do jogo contratou a mesma empresa que produziu o importante "NO CLIMBING" no edificio Jin Mao - o mais alto da China com 421 metros de altura. A firma especializada em avisos sem nexo tem agora em mãos um novo projecto: um aviso para colocar em urinóis avariados a mensagem "Fora de Serviço". Segundo os seus responsáveis, este é o aviso "mais cómico, audaz e absurdo" que alguma vez fizeram, e esperam com isso conseguir triplicar as vendas anuais.

domingo, junho 05, 2005

Ditaduras... ditas duras. 

Nasci para ser ditador e isso foi evidente desde a minha concepção. Entrar no óvulo foi tarefa fácil: bastou comandar o exército de espermatozóides para me abrirem um buraco, estenderem o tapete, e lá fui eu cumprir o meu destino ao som de uma banda filarmónica. Dentro da barriga da minha mãe, passada a fase embrionária, ouvi um documentário sobre o Hitler e tentei copiar o seu fim com o que tinha "à mão": agarrei no cordão umbilical, enrolei-o à volta do meu pescoço, e tentei enforcar-me. Infelizmente os médicos toparam o esquema e convenceram a minha mãe a fazer uma cesariana antes que eu pudesse realizar o meu propósito.

Enquanto bebé tinha as minhas exigências: só bebia leite de soja (demorei uns anos a aprender a apreciar maminhas), obrigava os meus pais a levarem-me ao hospital para tratar dos meus ataques de asma, fazia xixi e cócó quando queria e onde me apetecia, entre vários outros exemplos. A minha personalidade ditatorial estava cada vez mais desenvolvida, e era cada vez mais óbvio que estávamos perante um futuro líder mundial.

Durante a minha infância era frequente tentar imitar os meus ídolos: deixava crescer o semi-bigode à moda do Hitler, usava umas botas do exército vermelho iguais às do Stalin, fardas militares cheias de insígnias como o Mussolini e falava a mesma língua do Salazar. Os meus pais não gostavam muito da ideia e tentavam convencer-me a largar a obcessão, até porque saía caro ter que pagar a um sapateiro para me engraxar as botas todos os dias, mas penso que no final foram sensíveis aos meus argumentos ("se voltam a tocar no assunto levam um balázio nos cornos").

Certo dia, já adolescente, toda esta fundação ideológica ruiu como um castelo de cartas. "Porquê?!?!" perguntam os leitores, entusiasmados com a reviravolta nesta minha pequena auto-biografia. E a resposta tem essencialmente dois vectores: primeiro porque comecei a idolatrar líderes democráticos e íntegros como o Vale e Azevedo ou o Alberto João Jardim, e segundo porque ao investigar melhor a vida dos antigos ditadores tive algumas desilusões.

Adolf Hitler, por exemplo, queria que o título do seu famoso livro fosse "Quatro anos e meio de luta contra mentiras, estupidez e cobardice." O editor é que o conseguiu convencer que era um título muito complicado, e por isso vingou "A minha luta", ou o equivalente alemão "Mein Kampf". Mas que raio de título era aquele?! Como é que alguém tão genial na propaganda política podia ter um domínio tão fraco de conceitos base de marketing?! Com aquele titulo o livro nunca teria sido um best seller... e ele nunca teria sido quem foi.

Nessa altura descobri também que o Hitler em adolescente sonhava ser pintor, mas foi rejeitado duas vezes pela Academia de Artes de Viena por "falta de talento", o que lhe provocou um enorme desgosto. Imagino que os responsáveis da Academia se tenham arrependido da decisão, não só por terem potencialmente contribuido para a revolta deste ditador impiedoso, mas também porque é provável que passado uns anos tenham recebido uma visitinha da GESTAPO.

Outras grande desilusão foi o facto de ter lido que o Stalin fez parte do coro do liceu. COMO É QUE ISTO É POSSÍVEL?! STALIN NO CORO?! Foi dificil interiorizar esta ideia absurda, este gigante contrasenso. Descalcei logo as botas e pu-las no lixo, o que por um lado foi positivo porque tinha o mesmo par há vários anos e já não cheiravam muito bem. Mas o problema é que eu não tinha outros sapatos, e durante uns dias tive que me desenrascar com umas barbatanas pés-de-pato que faziam parte do meu equipamento de bodyboard. Até eram giras, e davam-me um certo estilo, mas ficava cheio de bolhas nos pés. Eventualmente consegui convencer o meu pai a comprar-me uns All Star com a bandeira dos Estados Unidos.

Enfim, concluí que, por detrás daquela imagem de líderes carismáticos criada pelas máquinas propagandistas, estavam homens que provavelmente faziam a pedicure, rapavam os pêlos das costas, usavam creme para hidratar a pele da cara, e tomavam banho em àgua de rosas. Aquelas ditaduras, ditas duras, eram na na realidade lideradas por donzelas frágeis e inseguras. O choque e a desilusão precipitaram a minha desistência pela carreira de líder ditatorial.

sexta-feira, junho 03, 2005

O "Não" à Constituição 

Abordaste um tema interessante e polémico: o "não" à constituição por parte dos franceses e dos holandeses. A verdade é que este assunto é muito complexo, e urge-me partilhar diversos pensamentos ("urge-me"?? what the fuck?!!).

Acima de tudo penso o mesmo que todos vocês: é um caso deveras bicudo. E digo isto com a maior das naturalidades, sem medo de represálias por parte daqueles que não vão gostar daquilo que eu estou a dizer. Já no passado disse o que tinha a dizer sobre outros assuntos, alguns deles tão ou mais delicados que este, e nunca me aconteceu nada, nem a mim nem à minha familia, por isso estou à vontade. Os outros é que deviam ficar caladinhos, porque quem tem telhados de pedra não atira vidros.

Para ser objectivo, devo realçar que o "não" à constituição tem diversas causas e diversas consequências, algumas mais importantes que outras, outras menos importantes que outras, e, imagine-se, outras no mesmo patamar de importância. Mas isso é apenas a ponta do icebergue, os outros 90% estão debaixo d'água. A realidade é que o mundo todo fica indiferente, e por causa disso temos que presenciar diariamente vicissitudes incompreensíveis do quotidiano. Vocês sabem muito bem a que é que eu me refiro, para meio entendedor boa palavra basta.

Tento compreender aqueles que dizem que não pode ser assim, que está tudo mal organizado e que o melhor é tentar fazer as coisas de maneira diferente. Os argumentos são bons, mas o problema vem muito detrás. Pensem bem na origem deste dilema, lembrem-se das principais questões subjacentes à herança sociológica do povo, e vejam se eu não tenho razão. Ponderem bem estas questões antes de tomar a vossa posição porque mais vale remenir do que prevediar.

Isso traz-me ao argumento final: o "não" é uma resposta negativa. Só havia duas hipoteses: "sim" ou "não". Afirmação ou negação. Não havia outro caminho, e a escolha foi pelo ultimo, que representa claramente uma recusa. Quanto a isso não há duvidas, e eu aceito perfeitamente que possa ter sido mesmo assim. Mas isto cheira tudo muito mal, porque a verdade é que a resposta podia ter sido outra e não foi, o que me deixa desconfiado. Aliás, qualquer pessoa minimamente atenta ao que se passa neste mundo ficará desconfiada, e com razão. Termino então com um alerta aos leitores deste blogue: não acreditem em tudo o que vos tentam vender, porque as iludências aparudem.

The post about nothing... 

Não ando inspirado. A vontade de escrever um post tem sido grande, mas no entanto, acabo sempre na sala a ver lutas greco-romanas na RTP memória enquanto como os restos do bacalhau à braz da noite anterior à colherada. Não sei explicar porquê, mas ver RTP memória abre-me o apetite.
Menti há pouco. Não gosto de cenas de pancadaria, a não ser que envolvam jogadores do Sporting e agentes da PSP. Nesse caso torço sempre pelos "azuis".
Alguém viu os New Order no Super Bock Super Rock? Alguns problemas técnicos e os quilos a mais dos membros do Grupo foram insuficientes para retirar a magia da actuação. Ouvir ao vivo obras de arte como o "Blue monday", "Bizarre love triangle", ou o "Love will tear us apart" (dos Joy Division) deixa os pelos de qualquer pessoa em pé. A não ser a alguém que não tenha pelos. Ou então alguém que não goste de New Order. Esqueçam o que eu disse.
Por último queria dar a minha opinião sobre o "não" da França e da Holanda à constituição europeia... Eu acho que *algum texto em falta*.

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