sábado, fevereiro 07, 2004
Sábado, Fevereiro 07, 2004
Colocaste uma questão bastante pertinente caro Spittelau. Realmente é algo polémico considerar que um urinol desempenha um serviço.
Para aprofundar a discussão julgo ser importante definir o que é um serviço. A Organização Mundial do Comércio define um serviço como "qualquer coisa que não podemos deixar cair no nosso pé" (Não acreditam?! É verdade!). Ora um urinol pode claramente cair no nosso pé, e até fazer algum dói-dói. Basta estar mal preso à parede.
Outras definições que se aprendem em cadeiras de gestão especificam um serviço como algo de intangível, abstracto e que não pode ser acumulado em stocks. Mais uma vez está em contradição com os urinóis (urinoles?), claramente tangíveis, concretos e que enchem armazéns.
Neste momento uma pessoa com um intelecto minimamente razoável dirá: "Ó Paco, mas tu apenas provaste que um urinol não é um serviço. Não provaste que um urinol não DESEMPENHA um serviço". Ao que eu responderia: "Bem visto, nesse caso vou ter que reformular toda a minha argumentação. Mas como devem imaginar não vou apagar a merda que já escrevi porque deu algum trabalho."
Então vamos lá ver, que serviço poderá desempenhar um urinol? O mais óbvio será a recepção de urina e consequente transporte ao esgotos municipais. Por vezes tem a abilidade adicional de se poder fazer descansar um copo de cerveja enquanto o utilizador executa o acto de urinar. Por vezes o urinol executa automáticamente a função de autoclismo (don't worry, those are the right letters). O que me leva a pensar num pormenor paradoxal, visto que a palavra autoclismo inclui sempre o prefixo "auto", mas na grande maioria das vezes é manual.
Mas serão isto serviços? Eu diria que não. Um serviço seria o urinol ter um braço mecânico que abanava a pila para fazer cair os pingos urinários residuais. Ou então ter uma boca robótica carnuda que fazia amor oral. Não me parece que o simples facto de receber urina seja um serviço, até porque à boa maneira portuguesa, mijar pode-se fazer em qualquer sitio - basta ter vontade.
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Colocaste uma questão bastante pertinente caro Spittelau. Realmente é algo polémico considerar que um urinol desempenha um serviço.
Para aprofundar a discussão julgo ser importante definir o que é um serviço. A Organização Mundial do Comércio define um serviço como "qualquer coisa que não podemos deixar cair no nosso pé" (Não acreditam?! É verdade!). Ora um urinol pode claramente cair no nosso pé, e até fazer algum dói-dói. Basta estar mal preso à parede.
Outras definições que se aprendem em cadeiras de gestão especificam um serviço como algo de intangível, abstracto e que não pode ser acumulado em stocks. Mais uma vez está em contradição com os urinóis (urinoles?), claramente tangíveis, concretos e que enchem armazéns.
Neste momento uma pessoa com um intelecto minimamente razoável dirá: "Ó Paco, mas tu apenas provaste que um urinol não é um serviço. Não provaste que um urinol não DESEMPENHA um serviço". Ao que eu responderia: "Bem visto, nesse caso vou ter que reformular toda a minha argumentação. Mas como devem imaginar não vou apagar a merda que já escrevi porque deu algum trabalho."
Então vamos lá ver, que serviço poderá desempenhar um urinol? O mais óbvio será a recepção de urina e consequente transporte ao esgotos municipais. Por vezes tem a abilidade adicional de se poder fazer descansar um copo de cerveja enquanto o utilizador executa o acto de urinar. Por vezes o urinol executa automáticamente a função de autoclismo (don't worry, those are the right letters). O que me leva a pensar num pormenor paradoxal, visto que a palavra autoclismo inclui sempre o prefixo "auto", mas na grande maioria das vezes é manual.
Mas serão isto serviços? Eu diria que não. Um serviço seria o urinol ter um braço mecânico que abanava a pila para fazer cair os pingos urinários residuais. Ou então ter uma boca robótica carnuda que fazia amor oral. Não me parece que o simples facto de receber urina seja um serviço, até porque à boa maneira portuguesa, mijar pode-se fazer em qualquer sitio - basta ter vontade.